O Hamas anunciou que aceitou uma proposta de cessar-fogo mediada pelo Egito e pelo Catar, o que pode representar uma trégua significativa na guerra na Faixa de Gaza. A proposta prevê a parada das operações militares por 60 dias, em troca da libertação de metade dos reféns israelenses mantidos pelo grupo.
A medida inclui a troca de reféns por prisioneiros palestinos, ainda que os detalhes exatos sobre essa etapa não tenham sido divulgados. A intenção é abrir espaço para negociações mais amplas em busca de uma solução definitiva ao conflito.
Basem Naim, representante do movimento, disse que “o movimento deu sua aprovação à nova proposta apresentada pelos mediadores”. Essa fala reforça a posição oficial de aceitação ao plano.
Até o momento, Israel não emitiu nenhuma posição oficial sobre o acordo, apesar da repercussão internacional positiva em torno da proposta. Ao mesmo tempo, o país intensifica sua ação militar sobre a Faixa de Gaza, com a ocupação planejada da Cidade de Gaza.
A guerra, iniciada em outubro de 2023 por um ataque do Hamas, já deixou dezenas de milhares de mortos e gerou uma crise humanitária grave. A proposta atual é vista por analistas como um passo crucial rumo a uma possível resolução do conflito, especialmente diante da pressão internacional por uma solução imediata.
Apesar do avanço nas negociações, há incerteza sobre o potencial cumprimento do acordo por ambas as partes. A persistente ofensiva israelense e a fragilidade institucional na região reforçam os receios de que a trégua seja apenas um breve respiro em meio à escalada de violência.

