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Silas Malafaia comenta inclusão no inquérito do STF e critica investigações

O pastor Silas Malafaia comentou nesta terça-feira (19/8) sua inclusão no inquérito da Polícia Federal (PF) que investiga a atuação do deputado Eduardo Bolsonaro (PL-SP) nos Estados Unidos. Segundo ele, o caso já chegou ao conhecimento de líderes religiosos próximos ao presidente norte-americano Donald Trump e, em breve, deve ser levado ao próprio chefe da Casa Branca.

Malafaia avaliou que essa situação pode gerar consequências negativas não apenas para ele, mas também para o Supremo Tribunal Federal (STF) e para o ministro Alexandre de Moraes, responsável pelo inquérito.

Respeito a líderes religiosos

O pastor reforçou ainda que, na visão americana, a perseguição a figuras religiosas é vista como algo grave. “Para o americano, um líder, um pastor, é muito respeitado e não pode ser tocado quando se trata de questões políticas. Quando se trata de opinião de um religioso, isso é muito sério e grave”, declarou.

Inquérito contra Malafaia

A inclusão do nome de Malafaia ocorreu no âmbito de um inquérito aberto pelo STF, por determinação do ministro Alexandre de Moraes, a pedido da Procuradoria-Geral da República (PGR).

O objetivo da investigação é apurar se houve movimentações de Eduardo Bolsonaro nos Estados Unidos para pressionar autoridades estrangeiras a adotarem sanções internacionais contra magistrados e instituições brasileiras, em especial contra o próprio STF.

Nesse contexto, Malafaia passou a ser investigado por suposta participação ou influência nesse tipo de articulação.

Ligação com Eduardo Bolsonaro

O inquérito em questão ganhou força após relatos de que Eduardo Bolsonaro teria feito gestões junto a aliados políticos e religiosos nos Estados Unidos para ampliar a pressão internacional contra Alexandre de Moraes e outras autoridades.

Segundo investigadores, a estratégia visava apresentar autoridades brasileiras como violadoras de direitos humanos, de forma a justificar a aplicação de leis estrangeiras, como a Lei Magnitsky, utilizada pelo governo Trump.

Atos em defesa de Bolsonaro

Malafaia, um dos principais líderes evangélicos do país, tem sido voz ativa na defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) e de investigados envolvidos nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro de 2023.

No último dia 3 de agosto, ele organizou manifestações públicas em apoio a Bolsonaro e em solidariedade a presos e investigados pelo episódio, reforçando sua posição como um dos porta-vozes do setor religioso mais alinhados ao ex-presidente.

Repercussões políticas

A fala de Malafaia adiciona mais tensão ao cenário político, pois sugere que a crise envolvendo o STF pode transbordar para a esfera internacional, especialmente se Trump de fato tomar conhecimento formal do caso.

Especialistas avaliam que a retórica do pastor busca internacionalizar a narrativa de perseguição, ao mesmo tempo em que fortalece sua posição como líder religioso influente junto ao eleitorado conservador no Brasil.

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